domingo, 4 de outubro de 2009

Dia 26/07 – Ubatuba, SP

Na espera das postagens dos outros dias, meu texto sobre essa data ficou mofando por mais de um mês.... Resolvi postar antes que crie raízes... Segue abaixo os causos de mais um dia de viagem...

Depois de 42 horas de viagem. Sim! Quarenta e duas horas! Chegamos à Ubatuba. Era por volta das 7h. E ao chegar, uma estranha sensação de estar em casa permeou os brasileiros, apenas pelo fato de estarmos em nosso estado, talvez. Não que essa sensação tenha trazido alegria, pelo contrário, trouxe aquele aperto no coração de fim de viagem. Sr. João, dono do Enseada Hotel, nos recepcionou simpaticamente, nos fazendo sentir ainda mais em casa.
Alguns ficaram acordados tomando café-da-manhã, outros foram dormir e tomaram café mais tarde, outros “poucos” tomaram café, foram dormir e tomaram café novamente mais tarde (o meu caso). Isso tudo porque, depois de tantos dias sem um belo sono, não tínhamos horário para acordar. Uhuu!
Mais ou menos 13h, os franceses e alguns brasileiros foram para o centro de Ubatuba para conhecer o local e fazer algumas comprinhas básicas de lembrancinhas da viagem. Enquanto isso, outros brasileiros ficaram na pousada do Sr. João. Dentre os que ficaram, alguns adiantaram parte do trabalho para Seminário final do dia seguinte, outros relaxaram pela praia, enquanto eu, Clara, Carol e Maurício, que desistiu no meio da caminhada, fomos ao mercado comprar ingredientes para o bolo e para as bebidas da festinha surpresa que faríamos para a Mariane, já que ela passou o dia de seu aniversário (25) num ônibus de viagem. Que maravilha, hein! Voltamos e ficamos um pouco apreciando a praia.
Aqueles que foram para o centro, comeram por lá. E nós, comemos no Bar Zenaide, um restaurante a beira-mar, que serviu alguns pratos rápidos e outros nem tanto. O Kevin, o francês mais desligado da viagem, perdeu o ônibus para o centro e almoçou conosco. Enquanto almoçávamos, a trupe urbana voltou à pousada, apressando nossa refeição. Todos os grupos se reuniram para terminarem seus projetos. Enquanto isso, algumas pessoas deram “perdidos” na Mari para preparar seu bolo e alguns brigadeiros, que terminaram em sua maioria como trufas, devido à falta de granulado.
Bolo pronto! Começou o...

Parabéns pra você! Nesta data querida! Muitas felicidades! Muitos anos de vida! (bis)
E pra Mariane nada! (Tudo!) Então como é que é? (É!)
É pic/pica! (5x)
É hora/rola! (5x)
Rá-tim-bum/No seu cu!
Mariane, Mariane, ...

Aí foram abraços, beijos, palavras... Huuummmm.... Bolo gostoso! Brigadeiros...
Voltamos ao trabalho, até porque alegria de universitário dura pouco. E em meio aos estudos, o clássico Palmeiras e Corinthians rolando na sala da casa. Jogo que terminou em 3x0 para o verdão! Muitas emoções entrelaçadas.
Neste dia, varamos a noite terminando as apresentações. As horas passavam, mas a movimentação continuava a mesma.
Escrito por Evelise Pereira Barboza

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dia 23 - Pantanal

O dia amanheceu com cara de que seria ensolarado como todos, porém logo nos primeiros momentos mostrou-se friozinho e chuvoso. Aquele dia perfeito para ficar acolhido no hotel... e, para alegria do corpo que pedia descanso (pelo menos o meu), foi isso o que ocorreu na parte da manhã.

Já durante o café, descobrimos com euforia que alguns jacarés se hospedavam no rio que passava pelo hotel, não foi difícil perceber que isto se deve ao fato de encontrarem comida fornecida pelos turistas do local... Fascinados com a presença daqueles animais, fomos surpreendidos pela chegada exuberante de um tuiuiú e um carcará (também atraídos por refeições gratuitas e de fácil acesso). Estes animais de rara beleza nos renderam muitos flashes pela manhã.

No período da tarde participamos de uma palestra de Cátia Nunes da UFMT, que junto com alguns colegas de trabalho veio até o hotel, já que nosso ônibus ainda não tinha dado sinal de vida, o que impossibilitava nosso deslocamento para onde quer fosse.
Após esta palestra nos dividiríamos em dois grupos para conhecer algumas paisagens pela transpantaneira, o grupo1 iria primeiro em um pequeno “caminhão” cedido pelo hotel até sua fazenda e este voltaria para pegar o grupo2, já que não cabíamos todos no veículo. Infelizmente, devido ao mau tempo, o segundo grupo que aguardava no hotel ficou de fora da atividade. Pode parecer um ato um pouco egoísta, mas agradeci profundamente ter ido no primeiro grupo...

O caminho pela transpantaneira foi incrível, pude ver e sentir o significado da palavra biodiversidade, esse conceito que já não tem nada de vazio ficou até mágico olhando a paisagem do Pantanal. Em contraste com a paisagem fofa, branca, homogênea e infinita do algodão, vista nos dias anteriores, naquele lugar nada parecia ser igual. Tive a impressão de que cada folha era diferente da outra, cada pequeno espaço filmado pelo olhar tinha uma característica singular. E esta paisagem, também infinita aos olhos, agora tinha o sopro da vida mais exuberante e exótica.



A chegada à fazenda não poderia ter sido mais perfeita, um funcionário – e guia local – do hotel tinha nos preparado bolinhos de chuva! Foi ótimo comer bolinho de chuva, em dia chuvoso em uma fazenda no Pantanal, dentro deste contexto eles ficaram até mais gostosos do que os preparados por qualquer avó, tradicionais guardiãs desta receita.

Quando os bolinhos acabaram, recebemos a honrosa visita de Marroco, um filhote de veado-campeiro que costuma passear pela fazenda e gentilmente aceitou nossos carinhos. Aliás, ele não se assustou nem com a chuva de flashes e nem mesmo com o alto e fino grito “não tira com flash senão ele foge”, dado por Clenes em seu particular momento de emoção, justamente repreendido por Marina...

Voltamos para o hotel quando já havia escurecido, tentando nos esconder da chuva no pequeno caminhão que só tinha o teto coberto, como esta tarefa estava muito difícil, foi preferível ouvir Guillaume tentar cantar hinos do futebol brasileiro.
A noite seguiu-se com trabalhos tão intensos quanto a alegria e as brincadeiras de Florian, que incomodou algumas pessoas que estavam em seus momentos de repouso noturno...

Escrito por Carla Moura

sábado, 22 de agosto de 2009

Fotos do Pantanal


Tu-iu-iu....


..... e seus gigantes ninhos

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dia 22 – O caminho entre Juína e o Pantanal de Poconé

A viagem começou bem cedo (antes das 6h) saindo do retiro das freiras em Juína rumo ao sul do Mato Grosso que engloba parte do Pantanal. Devido à total inexistência de horas de sono durante a virada do dia 21 para o 22 (provavelmente resultado da idéia de alguém que foi dormir e abandonou eu, Eve, Gabi e Maurício acordados) boa parte do dia para mim envolveu dormir. Em algum momento da manhã paramos num posto para tomar café da manhã num lugar que não tinha muito a oferecer, por isso acabamos comendo pão e geléia trazidos lá do retiro até Clenes e Nara aparecerem com muitos pães franceses, margarina e queijo.

Na volta para o ônibus, mais sono até acordar com uma galera falando por perto e o Edu procurando um mp3 que parecia ser algo que estava em baixo do meu pé. Um tempo depois entremos na cidade de Tangará da Serra para procurar um lugar para almoçar, isso envolveu ir e voltar algumas vezes em duas avenidas sem encontrar nenhum restaurante e acabamos parando no supermercado Big Master para comer na lanchonete e comprar umas comidinhas em 30 minutos, resultando na correria de sempre.

Novamente de volta ao nosso busão, descobrimos a criatividade da galera em momentos de necessidade, primeiro foi o suco de laranja não ingerido durante o “almoço” que foi parar numa garrafa PET e depois a descoberta de um modo de abrir castanhas do Pará com cascas, com o braço das cadeiras do corredor.



Outros momentos bons foram os relacionados aos roubos às freiras, o Maurício que pegou de propósito um travesseiro do retiro e que com certeza terá sonos assombrado por freiras. Também teve o Florian aparecendo do nada com uma chave na mão que simplesmente pertencia a uns dos quartos da “ala masculina”, vai entender como ele conseguiu ficar com a chave!!


Daí para frente foi uma mistura de mais cochilos, músicas, leituras, conversas e uma certa apreensão causada pelo aumento da velocidade e a proximidade com os veículos da nossa frente, até que entramos em um posto e....tãntãntãntãn...o busão pifa de vez! Ficamos um bom tempo no posto que ficava dentro do município de Cuiabá e aproveitamos para comer (janta ou lanche) enquanto os motoristas tentavam resolver a parte mecânica e acabaram descobrindo que seria necessária uma nova peça e que seria difícil conseguir. Com isso, começou a resolução de problemas pela Neli por telefone com a empresa do ônibus (que nos culpou por ir a lugares não combinados) e com o pessoal da EACH. Enfim, conseguiram duas vans para nos levar para Poconé e os motoristas ficaram no posto para ver o que seria feito com o busão.

Na van que fiquei as meninas brasileiras tiveram uma tentativa frustrada de assistir o recém dvd comprado pela Carlinha do desenho Cavalo de Fogo (aquele com a princesa Sara) que foi confundido pelo Vincent Dubreuil com algo de conteúdo duvidoso. Lá pela 1h30 da madrugada chegamos à pousada no Pantanal e a galera foi indo em direção aos seus quartos para tomar um necessário banho e dormir confortavelmente em uma cama. Eu, Gabi, Eve e Carlinha fomos tentar dar uma volta no local, mas os morcegos gigantes com suas rasantes nos fizeram voltar para os quartos.

Escrito por Carolina Jordão

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Dia 21/07 - Juína


Presenteamos a Profª Neli


Havia uma certa expectativa em relação a Juína, pois, sabíamos de uns trabalhos do Paulo Nunes, que desenvolve projeto de "Promoção de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade nas Florestas de Fronteira do Noroeste do MT", através do PNUD com recursos do GEF atuando com pesquisas sobre os Sistemas Agroflorestais na Agricultura familiar desde 2001.

Os pequenos proprietários da região foram incentivados a implantarem os SAF's há 7 anos atrás em que o Pró-ambiente foi um dos programas responsáveis mas que agora estava parado.

Com isso faço a introdução do nosso dia de entrevistas com estes produtores: Cada grupo foi visitar uma família e, um grupo maior do qual eu fazia parte foi para a propriedade do Sr Rubi. Ele produzia café e guaraná e fazia um Sistema silvipastoril, área de floresta plantada (com diversidade significativa)onde o gado tinha sua área de lazer, e podia curtir uma sombrinha. Também havia a produção de mel e, para a nossa alegria não havia gado leiteiro!!!

Alguns colegas que visitaram outras propriedades ficaram muito satisfeitos com o que viram! Aquele povo de Juína tinha uma consciência ambiental.... O Sr Rubi poderia até ganhar um prêmio pela invenção de uma máquina de beneficiamento de café! Muito inteligente!!

teria sido resultado dos programas locais??? Ficou como lição de casa mais curiosidades e pesquisas.

Á tarde fomos de ônibus conhecer a cidade com um funcionário da Prefeitura que pôde nos contar algumas das preocupações e reivindicações dos colonos: posto de saúde, e área de esporte e lazer em todos os bairros. Mais tarde passamos no Museu do Índio, todos queriam levar lembranças daquela terra sagrada e quentinha.

A noite já estava programada há mais de uma semana: crepes franceses!!!
A turma toda entrou na cozinha pra cozinhar!!! Uma cozinha industrial gigante só pra gente!

Presenteamos a Profa Neli com um colar dos índios!

Foi mais um dia maravilhoso para lembrar!

Escrito por Jaborandi (Nara Lina Oliveira)





Alojamento em Juína

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dia 20/07- Cotriguaçú- Juína

Na correria de fechar as malas e estar prontos as 7h30 da manhã, tomamos um café da manhã rápido, e nos despedimos das pessoas da Fazenda Peugeot que nos ajudaram, o biólogo Roberto, a família que cozinhou para todos nós, o Alexandre, gerente da Fazenda, e outras pessoas que lembro fisionomicamente, mas não dos nomes. Apesar disso, sempre que nos despedíamos dessas pessoas, seus olhos brilhavam e eu sentia muita gratidão por poder estar ali e descobrir o Brasil também pelo conhecimento e impressão daqueles que encontramos pelo nosso caminho.
Este dia foi mais um dia literalmente de buzão. Entramos nele as 8h da manhã, almoçamos em Castanheira, e só chegamos em Juína umas 16h. O alojamento de Juína era muito legal, um convento, mas não haviam freiras, nós tínhamos dominado o lugar.. hehehe... Então nos aconchegamos nele, e logo em seguida começamos novamente nossos trabalhos na sala de comer. Trabalhamos até umas 20h, e fomos jantar. Nesse ponto da viagem já estávamos todos muito cansados, e algumas vezes, os horários marcados estavam sendo difíceis de serem cumpridos, mas no final, dava sempre tudo certo. Jantamos num restaurante do centro de Juína, servidos heroicamente por apenas um garçom, que fez a aeróbica do seu mês, já que tinha que pegar todos os nossos pedidos sozinho.
Os franceses compraram algumas cervejas deste restaurante mesmo, e fizemos uma despedida para a Solène, pesquisadora que vinha nos acompanhando e ajudando em nossos trabalhos mas que tinha que nos deixar no dia seguinte.
Por Clara Soler Jacq

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dia 19/07 Atividade na Peugeot

Domingão, e lá estávamos nós trabalhando....
tentando falar francês e entender nossos novos amigos da região da Bretanha! lembro que treinei bastante os números em francês neste dia, além de trabalhar duro medindo as árvores dos plantios da pesquisa de $$$$$ carbono $$$$$$!!!

Alguém tinha prometido que teríamos os domingos de folga, mas não foi o que aconteceu....

Escrito por Nara Lina